terça-feira, 15 de novembro de 2016

Crianças com autismo têm maior dificuldade para dormir

Estudo comprova que elas acordam mais vezes durante a noite. Saiba como ajudá-las a ter um sono tranquilo

 

Yasmin Paiva, 8 anos, acorda de três a quatro vezes por madrugada. Desde bebê, seu sono é agitado – a mãe, Milena, chegou a desconfiar de que um bicho estivesse no pijama da menina, de tanto que ela se mexia durante a noite. Pontualmente, à 1 hora da manhã, ouvem-se os passos de Yasmin no corredor: ela caminha até o quarto dos pais, onde tenta voltar a dormir. “Ela fica entre mim e o meu marido. Às vezes, murmura baixinho, até pegar no sono. Fica inquieta o tempo todo”, conta Milena.

As crianças com autismo, como Yasmin, têm mesmo maior dificuldade para dormir. Foi essa a conclusão de um estudo publicado no jornal científico Archives of Disease in Childhood, após analisar uma amostra de 39 pessoas com o transtorno e 7 mil sem, na Inglaterra. Até os dois anos e meio, os bebês dos dois grupos não manifestaram comportamento diferente durante o sono. Mas, após essa idade, surgiu o contraste: em média, as crianças com autismo dormem 43 minutos a menos do que as demais, por noite. Entre 6 e 7 anos, a probabilidade dos autistas acordarem três ou mais vezes é de 10% - entre os outros é de apenas 0,5%.

Por que acontece a alteração? Há um conjunto de fatores que podem contribuir para que a noite das crianças autistas seja mais agitada. O primeiro deles é a dificuldade que algumas têm em diferenciar o claro e o escuro – principalmente nos casos do autismo associado à deficiência visual. Sem perceber a presença da luz, o organismo produz quantidades reduzidas de melatonina, neurotransmissor cerebral que influencia no sono. Outra explicação é a dificuldade dessas de focar em um só estímulo. “Quando há muitas informações sensoriais no quarto, como ruídos e enfeites, elas não conseguem abstrair e processar tudo”, explica o neurologista Antonio Carlos de Farias, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). A costura do pijama e o barulho dos carros na rua, por exemplo, podem dificultar a concentração no sono. Além disso, as crianças autistas costumam se autoestimular, como balançar as mãos, manipular um objeto por longos períodos ou pular sem parar – e os gestos repetitivos também contribuem para que elas percam o foco no descanso. É importante ficar atento a outros sintomas do espectro autista que podem se manifestar durante a noite: convulsões ou epilepsia. Uma avaliação neurológica ou um estudo do sono podem detectar os possíveis problemas.

Depois da noite agitada, é natural que as crianças amanheçam cansadas, irritadiças e mais desconcentradas, afinal, o sono é reparador. “A Yasmin fica mal-humorada. Precisei mudar o horário das atividades para mais tarde, porque ela não conseguia acordar disposta”, diz Milena. Um tratamento que pode ser adotado pelos neurologistas é receitar doses diárias de melatonina. No caso de Yasmin, a medicação foi a solução encontrada para melhorar a qualidade do sono. 

Confira outras dicas práticas:

- Evite decorar o quarto da criança com muitos enfeites e cores. Se possível, diminua os ruídos externos durante a noite.

- Prepare um ambiente bem escuro para ela.

- Não durma no mesmo cômodo que seu filho. Por mais que você queira ajudar, será mais um foco de distração para ele.

- Quando a criança acordar durante a noite, evite pegá-la no colo. Mesmo com a intenção de dar carinho, você proporcionará mais um estímulo que pode atrapalhar o sono dela.

- A atividade física é uma boa forma de gastar energia. Prefira o período da manhã ou o início da tarde.

- Alimentos estimulantes, como chocolate, café e chá, não devem ser ingeridos próximos à hora de dormir.

- E nunca se esqueça: criar uma rotina de horários para dormir e acordar é importante para o organismo da criança.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

O que é autismo?

Entenda como é feito o diagnóstico e qual o tratamento mais adequado para a criança que apresenta o transtorno



Cada criança é uma criança. A frase pode parecer simples, mas é vital para entender o autismo. Se o seu filho receber o diagnóstico, não necessariamente vai apresentar todos os sintomas já descritos por outros pacientes. Por ser um distúrbio com diferentes níveis de comprometimento, recebe o nome de “espectro autista” – para entender melhor, imagine um dégradé, que vai de cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até os tons mais claros.

Apesar de os sinais do transtorno variarem, há três comprometimentos que são considerados mais comuns. O primeiro é na interação social, ou seja, no modo de se relacionar com outras crianças, adultos ou com o meio ambiente. “Uma das teorias que explica esse comportamento afirma que o autista tem dificuldade de entender o outro e de se colocar no lugar de alguém. Não compreende sentimentos e vontades, por isso se isola”, afirma Daniel Sousa Filho, psiquiatra da infância e da adolescência (SP).

O segundo sintoma recorrente é a dificuldade na comunicação: há crianças que não desenvolvem a fala e outras que têm ecolalia (fala repetitiva). Como terceiro sinal, há a questão comportamental: as ações podem ser estereotipadas, repetitivas. Qualquer mudança na rotina passa a ser incômoda para a criança. Imagine que a mãe sempre vá buscar o filho na escola. Certo dia, é o avô quem vai pegá-la no colégio – e altera a rota de sempre. Pode ser que ela, diante dessa mudança, fique agitada e grite, por exemplo. Isso acontece porque a rotina é um “mapa” usado pelo autista para reconhecer o mundo. Se algum traço desse caminho for alterado, a criança vai reagir.

Sinais do transtorno variam
Vale lembrar que, além desses sinais, há outros que podem se manifestar em algumas pessoas com o espectro autista, não em todas, claro. Os surtos nervosos, por exemplo, podem vir acompanhados de automutilação e agressão. Para entender melhor, imagine que você esteja com a blusa apertada ou com muita fome, mas não consiga falar o que sente. Se a criança tiver dificuldade na expressão verbal, pode tentar se comunicar corporalmente e ter seu pedido atendido.
Hiper ou hiposensibilidade também podem se manifestar de forma diferente nos cinco sentidos da criança que se enquadra no espectro autista. Por exemplo: na audição, ela pode se sentir incomodada em locais barulhentos ou ter afinidade com alguns sons. No paladar, ela não tolera determinados sabores – por isso, insiste em comer sempre os mesmos alimentos. E nos dias frios, enquanto você usa um casaco pesado, a criança pode dispensá-lo – a hiposensibilidade tátil faz com que ela não tenha a mesma sensação de temperatura que as demais. Quando se machuca, talvez não sinta dor, por exemplo.
O espectro autista pode vir acompanhado de deficiência intelectual. Há casos, no entanto, em que a criança apresenta alto funcionamento – ou seja, é capaz de memorizar a lista telefônica inteira, mas não entende qual a utilidade dos números, por exemplo. Na síndrome de Asperger, outro quadro do espectro, a pessoa pode não ter problemas no desenvolvimento da linguagem. Ela se interessa por assuntos específicos: sabe tudo sobre dinossauros ou avião e se restringe a só a um tema.
Diagnóstico


Uma estimativa feita em 2010, cujos resultados acabaram de ser divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, mostrou que 1 em cada 68 crianças são diagnosticadas com autismo no país - 30% a mais do que em 2008. No entanto, o diagnóstico não é tão simples assim. Isso porque não há um exame específico que indique o transtorno – a avaliação deve ser clínica e feita por uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. É comum, ainda, que os sintomas sejam confundidos com  surdez (já que a criança não responde aos estímulos), deficiência intelectual e problemas de linguagem.
Por isso, mediante qualquer desconfiança sobre desenvolvimento do seu filho, procure um especialista. “Quanto mais precoce começar as intervenções, melhor o prognóstico. É importante procurar as terapias adequadas o quanto antes, porque o sistema nervoso poderá responder aos estímulos rapidamente”, explica o neurologista infantil Antônio Carlos de Faria, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). 
É claro que os sinais ficarão mais nítidos após os 3 anos, mas alguns indicativos desde bebê podem servir como alerta, como a criança ficar parada no berço, sem reagir aos estímulos, e evitar o contato visual. Antes do primeiro ano de vida, está sempre irritada – você o amamenta ou conversa com ela, mas continua agitada. Por volta dos 8 meses, o bebê não interage com o meio ambiente: vê um cachorro ou gato na rua e fica indiferente. Sabe aquela brincadeira em que a mãe se esconde e diz “achou!”? O bebê não esboça nenhuma reação. Na hora de brincar é comum que crianças autistas se interessem apenas por uma parte do brinquedo - elas podem ficar girando a roda de um carrinho por um tempo prolongado, em vez de arrastá-lo.

Há casos, ainda, em que há regressão: a criança se desenvolve bem até 1 ano e meio. Depois dessa idade, para de sorrir ou de se comunicar, por exemplo.
Tratamento


Ainda não há um medicamento específico para o autismo. De 0 a 2 anos, a criança deve ser acompanhada por um fonoaudiólogo para que ele ajude-a a desenvolver a linguagem não-verbal. A estimulação pode ser feita com brincadeiras e jogos, contação de histórias e conversa. Conhecer o novo também é importante: o especialista apresenta uma maçã para que ela toque na fruta, conheça sua textura e seu cheiro. Aos poucos, ela pode aprender a entender a expressão facial dos outros. A linguagem verbal (como a fala) virá depois. As terapias ocupacional e comportamental também são relevantes no tratamento, para que o cérebro passe a perceber os estímulos sensoriais. “Esse tipo de intervenção precoce pode evitar o comportamento repetitivo, por exemplo”, afirma o neurologista.
Não há uma regra para todas as crianças. A equipe multidisciplinar decidirá qual o acompanhamento pedagógico e terapêutico mais indicado e vai discutir sobre a educação delas, junto com os pais. “Cada caso é um caso. Em geral, quando se tem a comunicação verbal desenvolvida, ir para a escola regular é uma ótima opção. Mas, se a pessoa for agressiva e tiver deficiência intelectual grave, a escola especial pode ser mais indicada”, afirma o psiquiatra Daniel. Portanto, é essencial respeitar a individualidade delas. Mas é importante saber: nenhuma instituição de ensino, pública ou privada, pode recusar a matrícula.
E não são só os meninos e meninas que devem ser acompanhados por especialistas. Receber o diagnóstico e acompanhar o ritmo do tratamento pode ser desgastante para a família. Por isso, os pais podem ser tratados e orientados por um psicólogo, que tentará diminuir a ansiedade e o estresse. Como costumam se dedicar ao extremo ao filho com autismo, o irmão pode se sentir preterido. Não se culpe, caso isso ocorra. O terapeuta conseguirá sugerir uma solução para que todos se sintam amados – como realmente são!
Diante do diagnóstico, é comum que alguns pais da criança procurem tratamentos alternativos, que não têm comprovação científica, para amenizar os sintomas. Um estudo publicado no Journal of Developmental & Behaviour Pediatrics analisou 600 crianças, de 2 a 5 anos – sendo 453 com autismo e 125 com problemas de desenvolvimento. Os cientistas descobriram que 40% delas usavam remédios homeopáticos, melatonina ou terapias complementares, como meditação ou ioga - 10% a mais do que as crianças sem o transtorno ou outra dificuldade no desenvolvimento.
Isso é prejudicial? “Não há problema em tentar, apesar de não haver a certeza na melhora do quadro. Depende da reação de cada criança: para algumas, certas terapias funcionam”, explica Alysson Muotri, biólogo brasileiro que pesquisa a cura do autismo na Universidade da Califórnia (EUA).
Causa e cura


A causa do autismo ainda é estudada pelos cientistas. Muitos genes que indicam o transtorno já foram identificados – mas ainda não podem ser detectados por exames que façam o diagnóstico. “O que sabemos, atualmente, é que há uma mistura entre influências genéticas e ambientais”, diz o psiquiatra. Infecções pós-parto, tumores, causas endocrinológicas e metabólicas já foram associadas à causa do autismo – mas ainda são especulações.
Recentemente, mais uma hipótese foi levantada pelos cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), em estudo publicado no periódico New England Journal of Medicine. Eles exploraram a arquitetura física do córtex humano (camada superficial do cérebro) de 11 crianças com autismo e 11 sem o transtorno, na faixa etária de 2 a 15 anos. Ao examinar essa parte do cérebro, perceberam que as crianças autistas tinham falhas  justamente em áreas que são responsáveis por funções comprometidas pelo transtorno – como comunicação e interpretação social.
A desorganização foi notada em 10 dos 11 pacientes com autismo e apenas em 1 dos 11 sem o transtorno. “Pelo número pequeno de cérebros analisados, o estudo é considerado exploratório. Mas, aparentemente, a maioria das falhas foi originada durante a gestação, durante a migração das células que formariam as camadas do córtex”, explica Muotri. Ainda não se sabe qual é a causa dessa falha que acontece no segundo trimestre de gestação, quando a estrutura é formada. Especialistas acreditam que possa ser decorrência do ambiente uterino, do código genético ou uma mistura de ambos os fatores.
Os estudos que tentam descobrir a cura do autismo, dirigidos por Muotri, representam a esperança para as famílias. O biólogo usa uma técnica que transforma células de pessoas adultas em células-tronco embrionárias, ou seja, que ainda não são especializadas. Depois disso, é possível fazê-las se desenvolverem novamente e diferenciá-las em células cerebrais. Como elas tiveram origem em um indivíduo que já estava diagnosticado com um problema, é possível simular no laboratório o funcionamento dos neurônios daquele paciente em comparação com uma pessoa sem o transtorno.
A partir dessas comparações, já se conseguiu identificar uma série de diferenças na estrutura dos neurônios e como essas células respondem em conjunto (o que ajuda a entender como funciona o cérebro desses pacientes). A maior parte das pesquisas está sendo feita com portadores da síndrome de Rett, que também faz parte do espectro autista.
Muotri reforça que o estudo exige cuidado. “Nos próximos dois anos, iniciaremos a fase prática da pesquisa. Começaremos testando o tratamento em adultos que não sejam autistas, para analisar os possíveis efeitos dele”, conta.

Retirada da Revista: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2014/04/o-que-e-autismo.html

domingo, 29 de maio de 2016

ATIVIDADES PARA BERÇÁRIO E MINI - MATERNAL

A MÚSICA DOS NOMES
IDADE: A partir de 4 meses.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.
OBJETIVOS: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador. Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao tororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.

TEATRO DE BONECOS
IDADE: A partir de 1 ano e meio.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou biblioteca.
MATERIAL: Fantoches ou dedoches.
OBJETIVO: Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os personagens. Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos “conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como:- Quem trouxe você para a escola hoje?- Você tem amigos? Quem são?- Você já brincou no parque?- Você já tomou lanche?


MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ
IDADE: A partir de 2 anos.
TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Canetas hidrográficas, papel e envelopes.
OBJETIVOS: Tranqüilizar-se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza) e compartilhar com os pais as atividades escolares. Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que faça uma cartinha aos pais. Quando todas terminarem os desenhos, chame uma por uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar. Escreva o que a criança disser na mesma folha usada por ela. É importante perguntar se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque-a em um envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário, guarde o desenho com as demais atividades.

PAPAI VEIO BRINCAR
IDADE: De 3 meses a 1 ano.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala ampla.
MATERIAL: Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.
OBJETIVO: Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.
PREPARAÇÃO: Decore o ambiente com os panos. Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.


JOGO DAS EXPRESSÕES
IDADE: De 2 a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Cartolina, pincéis atômicos ou tinta.
OBJETIVOS: Nomear os sentimentos e conversar sobre suas possíveis causas.
PREPARAÇÃO: Desenhe nas cartolinas várias carinhas com expressões faciais que demonstrem sentimentos de tristeza, alegria, raiva, medo, susto etc. Deixe algumas em branco para nomear um sentimento que apareça no decorrer da brincadeira. Convide a criança a apontar a que mais revela a maneira como ela se sente naquele momento e a explicar os motivos daquela sensação. Ela pode, por exemplo, estar com raiva do colega porque tirou um brinquedo da sua mão.
3 MESES:
* Prender com uma fita perninha do bebê a um móbile;
* Encaixar a alça de um chocalho nos dedinhos do pé de um bebê;
* Amarra a chupeta ou um brinquedo no pezinho de modo que a criança tenha que dobrar a perna para alcançar a boca;
*Prancha de textura (deixe a criança sentir a diferente textura com as mãos e com os pés);


3 a 4 MESES:
* Segurar o objeto preso por um fio e fazer movimentos para que a criança tente pegá-lo esticando os bracinhos e acompanhando os seguintes movimentos:
- Acima / Abaixo
- Longe / Perto
- Pendulo / Circular
* Seguir o objeto focalização
- Acima / Abaixo
- Longe / Perto

 -Lados / Diagonais
* Esconder um objeto e mostrar a criança logo em seguida
* Esconder o objeto e apresentá-lo ao bebe com as mãos alternadas, até que ele desenvolva a habilidade de memorizar que o objeto aparece cada vez em uma mão e olhar antecipado.
* Induzir a imitação de movimentos simples:
- Colocar a língua para dentro e para fora.
- Abrir e fechar a boca.
- Fazer bico / vibrar os lábios e as línguas.
- Abrir e fechar as mãos / bater palmas.
* Esconder o rosto com um pano e esperar que a criança puxe para te achar
* Esconder um objeto embaixo de um pano e esperar que a criança puxe o pano e depois puxe o pano para achá-lo.


4 a 6 MESES:
* Segurar uma bandeja de alumínio e incentivar a criança a chutar a bandeja fazendo barulho
* Cantar balançando a criança de acordo com a canção da música
* Cobrir a criança com um lençol fazendo uma cabaninha


6 a 7 MESES:
* Colocar a criança sentada em cima de um lençol e a arrastá-la puxando o lençol. A criança deverá fortalecer o abdômen para manter-se sentada.
* Rolar
* Engatinhar / passar por cima, por baixo de obstáculos.
* Sentar a criança em uma bola grande, para incentivar a criança a se se equilibra com uma perna de cada lado.


8 a 12 MESES:
* Colocar a criança de costas, emitir sons por trás dela e esperar que ela vire-se em busca da localização da fonte sonora.
* Colocar e retirar objetos de dentro de uma caixa
* Bater pinos com o martelo
* Arremessar objetos
* Encaixar objetos com uma base com pinos
* Montanha Russa


1 A 2 ANOS e 5 MESES:
* Empilhar peças
* Emparelhar peças
* Encaixar pinos
* Encaixar formas
* Encaixar seqüências de tamanhos:
- através de deslizamento
- em local determinado
- idem apenas com orientação
- idem com 2 locais determinados
- idem com 3 locais determinados
- idem com 4 locais determinados
- idem com todas as peças
- Encaixar de ponta cabeça
- Misturar 2 encaixes de forma diferentes


CONTINENTE X CONTEÚDO:
* Apresentação de fantoches
* Apresentação de figuras em livros
* Apresentação de animais / frutas / comidas / carros / pessoas / objetos de uso pessoal para nomeação.
* Imitação de seqüências de movimentos
* Imitação diferida (faz de conta)
* Incentivo à brincadeira simbólica.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Cores primárias


O que são “cores primárias”?
As cores primárias são: vermelho, amarelo e azul. São chamadas assim porque são consideradas as primeiras cores, ou seja, não se pode obtê-las com a mistura de nenhuma cor.
Já com a mistura dessas três cores podemos criar todas as outras.
Vermelho: É a cor mais quente. Indicada para dar vitalidade, energia e coragem. Pode ser usada em qualquer situação relacionada a emergência.
Amarelo: Alegre e clara, é a cor do otimismo. O amarelo está relacionado ao sol.
Azul: É a cor da concentração, da fé e da firmeza de propósitos. Melhora nossa concentração e aguça a mente.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A garotada entra no ritmo com as danças de roda

As crianças rodopiam e cantam canções que têm temas pra lá de variados: barata, peixe, feiticeira... Além de ser um ótimo exercício físico, essa brincadeira ajuda a desenvolver a fala




Mais que passatempos, as brincadeiras de roda desenvolvem a expressão oral, a audição e o ritmo dos pequenos. Enquanto rodam no pátio, cantando as divertidas canções, eles ainda se exercitam, trabalhando o equilíbrio e a coordenação motora. Vale um lembrete: é importante que os alunos conheçam a coreografia tradicional das cirandas como forma de preservar nossa cultura. Mas incentive as adaptações e a criação de movimentos. Assim, você mantém o interesse da garotada em alta. Mas incentive as adaptações e a criação de movimentos. Assim, você mantém o interesse da garotada em alta.

A BARATA Que bicho! Só conta mentira e nem liga se ninguém acredita 
MÚSICA A barata diz que tem
Sete saias de filó.
É mentira da barata,
Ela tem é uma só.

(bis)
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Ela tem é uma só!

A barata diz que tem
Uma cama de marfim.
É mentira da barata,
Ela tem é de capim.

(bis)
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Ela tem é de capim!

A barata diz que tem
Um sapato de fivela.
É mentira da barata,
O sapato é da mãe dela.

(bis)
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
O sapato é da mãe dela! 

PARTICIPANTES No mínimo dois. 
ORGANIZAÇÃO Em roda ou livre. 
COMO BRINCAR As crianças cantam e, de mãos dadas, vão rodando ao ritmo da canção. Quando chegam no verso "Ah! Ah! Ah! / Oh! Oh! Oh!", elas se soltam, param de rodar e fingem dar risadas. Depois, você pode estimular a garotada a criar outras coreografias para essa canção.

A CANOA VIROU Esta roda é diferente: tem gente de frente e de costas. O desafio é não perder o passo 
MÚSICA 
A canoa virou,
Por deixá-la virar,
Foi por causa do Pedrinho,
Que não soube remar.

Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Tirava o Pedrinho
Do fundo do mar. 


PARTICIPANTES No mínimo dois. 
ORGANIZAÇÃO Em roda. 
COMO BRINCAR As crianças giram cantando somente a primeira parte da música até
o verso "Que não soube remar". Elas trocam "Pedrinho" pelo nome de um colega.
O escolhido se solta, vira-se de costas para o centro da roda e dá as mãos novamente
para os vizinhos. A cantoria recomeça e o grupo vai elegendo um a um os companheiros
até que todos tenham sido chamados e estejam de costas. Ainda girando, eles começam
a cantar a segunda parte da canção, chamando novamente os colegas, um a um.
O escolhido se solta dos amigos e volta à posição original. A brincadeira termina
quando todos estiverem novamente de frente para o centro da roda.


A CARROCINHA 
Nessa brincadeira, a criançada gira pra lá e pra cá e até pula com uma perna só 

MÚSICA 
(bis)
A carrocinha pegou
Três cachorros de uma vez.

(bis)
Tralalá,
Que gente é esta.
Tralalá,
Que gente má! 


PARTICIPANTES No mínimo seis. 
ORGANIZAÇÃO Duas rodas. A menor dentro da maior. 
COMO BRINCAR As duas rodas giram em sentidos opostos cantando a música. Quando
chegam em "Que gente é esta", cada um dos que estão na roda menor escolhe um colega da maior e, de braços dados, as duplas rodopiam. Depois, as crianças escolhidas trocam de lugar com as que estavam na roda menor. Há outra opção. Ao chegar ao verso "Que gente é esta", todos soltam as mãos: os da roda maior batem palmas e os da menor, com as mãos na cintura e virados de frente para os seus companheiros, saltam ora com um pé, ora com outro.

Retirada da Revista Nova Escola: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/garotada-entra-ritmo-dancas-roda-422968.shtml?page=0&utm_source=redesabril_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Educação: os riscos da lição de casa em excesso

 

A lição de casa é parte fundamental do aprendizado: é através dela que as crianças podem fixar os conteúdos passados em aula e desenvolver suas habilidades na resolução de exercícios. No entanto, quando ela é excessiva – principalmente no caso dos pequenos que ainda estão na Educação Infantil – pode acabar trazendo mais aspectos negativos do que positivos, como desânimo com os estudos.
O jeito certo
O tempo gasto com a lição de casa deve aumentar gradativamente de acordo com a idade dos alunos. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Luciana Barros de Almeida, esse tempo deve ser de no máximo 20 minutos para as crianças entre 3 e 6 anos de idade, e de 30 a 40 minutos para aqueles que se encontram na faixa entre 7 e 12 anos.
Em todos os casos, porém, a lição precisa ser discutida em aula, para que o aluno chegue em casa mais preparado para realizá-la. “A lição de casa precisa ser orientada pela professora em classe, explicitando o que ela espera do aluno naquela produção”, afirma Luciana.
Outro fator muito importante na hora de planejar as tarefas de casa é saber que listas intermináveis, cheias de exercícios, não colaboram para o aprendizado – muito pelo contrário. “O ideal é propor desafios com dois ou três exercícios”, sugere a psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Acontecendo.
Papel dos pais
Além da necessidade dos professores e educadores discutirem e repensarem a lição de casa, as especialistas destacam a importância dos pais estarem atentos e disponíveis para os filhos na hora dos estudos, estabelecendo horários para sua realização. Isso porque a criança pode acabar procrastinando ou fazendo a lição de qualquer maneira, mesmo quando sua proposta está adequada.
“Geralmente as crianças não gostam de lição de casa. É difícil tirá-las de outra atividade para que a façam”, lembra Rosângela. Por isso, é fundamental que os pais estabeleçam uma rotina e que reservem um tempinho para os pequenos. “A necessidade de rotina se dá para ambas as partes para a criança e para a família que precisa dar exclusividade a esta atividade”, afirma a presidente da ABPp.
Mas é sempre bom lembrar: os pais não devem dar as respostas aos filhos, apenas auxiliá-los, estimulando-os a pesquisar e chegar às respostas corretas por conta própria.
Outra dica é estabelecer que a criança faça a atividade de uma vez, em vez de ir dando pequenos intervalos. Segundo Luciana Barros de Almeida, isso é importante “não só pela sequência e elaboração de pensamento, mas também pelo estabelecimento de rotina quanto à planejamento e execução da proposta”.
Revista Exame